Um formigueiro de gastrônomos, curiosos e gulosos, uma maluquice ao vivo em São Paulo e chefs de todos os mundos no meio desse furacão!
Eu um consultor de Etiqueta e Comportamento perdido nessa loucura gastronômica. Senhoras e senhores chiques, elegantes e bem nascidos atropelam filas e empilham nas mãos salgadinhos e docinhos como se deles dependessem a sobrevivência, parece até a liquidação da Harrods
No coletivo perdemos a identidade, transformados em uma orda de glutões conquistando a satisfação da gulodice.
A comida, acho mesmo que é a mola propulsora da vida. Desde o seio materno, a primeira relação de prazer e sobrevivência que temos, até o final de nossos dias quando como único prazer teremos um bom prato de sopa.
Como na música de Genghis Khan Quero acordar bem cedinho, Fazer um lanchinho, Laranja, café, leite e pão Quero também chocolate, Iogurte, abacate, Biscoito, presunto e melão, Quero comer toda hora, Uma torta de amora, Bolinha de anis ou caju, Eu gosto mais de torrada, E uma baita fritada de carne de cobra e tatu… Até de tatu? De cobra faz mal! Mas que comilão! Nhão! Nhão! Nhão!
Consumimos panelas, pratos, toalhas, talheres, comidas e mais toalhas, e mais comidas, e mais pratos, e mais comidas e mais panelas e mais, e mais… todos os dias.
E comemos, comemos muito, Comemos sempre!
Se fizermos tres refeições ao dia por sessenta anos, teremos feito este ritual por 65.700 vezes ao longo da vida. Que tal então se cuidarmos de um terço deste número para criar, montar e servir a nós mesmos e nossos queridos
Uma mesa bem posta. Pratos, pratinhos e pratões, sous plats, cumbuquinhas, guardanapos, de papel mesmo mas bem caprichados.
Em copos finos de cristal, até a água fica mais gostosa!
Precisamos comer, e gostamos disso. E já que isso é fato obrigatório para a sobrevivência e necessidade diária, vamos fazer disso um prazer especial.
Vamos então por mãos à obra!
Vamos comer bonito!
A casa se constroi em volta da cozinha e a vida gira em volta da comida!
Comidas são prazeres de vida, prazeres da mesa!