O Brasil é tão grande e Recife é logo ali !
Imensa surpresa o convite da Prazeres da Mesa para que eu ministrasse uma palestra no Prazeres ao Vivo!
Grande oportunidade para carimbar meu passaporte pernambucano! Minha mãe é de Arcoverde!
Este mês, recém chegado de Recife, vou me permitir uma abordagem diferente no meu escrito.
Foram apenas dois dias, porém, muito ricos em descobertas.
A educação e doçura do povo pernambucano, demonstra a tradição da boa educação e do uso dos códigos estabelecidos como sendo “regras de etiqueta”.
Não vou falar aqui da gastronomia – deixo este assunto para os especialistas, mas preciso falar de comida!
Muitos peixes e frutos do mar! Arroz, feijão de coco, bredo e peixinho frito. Prosaico, não? É de comer de joelhos!
Moquequinha de siri mole! Que delicadeza!
Camarões, camarões, camarões!!! Adoro camarão! E, Pernambuco tem camarão para servir o mundo inteiro!
Bolos, pamonhas, rolos, muitas doçuras sofisticadas! O Souza Leão. Chamam de bolo, mas sinto na boca um pudim!
Engordei! E, agora escrevendo, a gula me invade novamente.
Lendo Gilberto Freyre: “A cozinha pernambucana, é o resumo da temperatura própria do seu povo. Nem parte para um indianismo agressivo nos seus sabores agrestes e crus – como se verifica na culinária nordestina – , nem se afoga no africanismo oleoso do dendê, na ardência exagerada da pimenta – como na cozinha baiana.”
E, talvez fruto desta temperatura própria do povo pernambucano, a vocação deste povo para trabalhar com hospitalidade. Das panelas ao salão, pernambucanos são mola mestre na área.
É o único estado do Brasil onde tem a Cidade dos Garçons – São Miguelinho.
E, pernambucanos tem realmente mão ótima na cozinha! Quantos e quantos Chefs de Cuisine não nasceram por lá?
O Recife tem muitos atrativos, alguns deles verdadeiramente imperdíveis : a praia de Boa Viagem; o bairro do Recife Antigo – pólo de lazer noturno; a Capela Dourada lindíssima obra barroca, o Pátio de São Pedro; a Oficina Cerâmica de Francisco Brennand; o Museu do Homem do Nordeste. O Mercado! Adoro passear no Mercado Municipal! E engordo mais um pouco….,
Em Pernambuco, manifestações que têm muita força são um mix de música, dança e teatro. Som contagiante e cores espetaculares! A sonoridade começa nos nomes das manifestações: maracatu, cavalo marinho, caboclinho, frevo, coco de Arcoverde.
Quem já ouvir contar em música de câmara erudita inspirada nas tradições populares?
Um grande viva aos Arianos, Antônios, Chicos e tantos outros!!!!!!
Aprendi o Movimento Armorial com Suassuna, o Quinteto Armorial com o Nóbrega e O Mangue Beat ( achei o nome genial! ) com o Science.
Lenine! Cordel do Fogo Encantado! Os rabequeiros!
Êita terra arretada!
Acho que apaixonei!!!