Estamos em um momento de reflexão. É Primavera, mas nosso País não navega por um mar de rosas. Meu assunto é Etiqueta. E é o que vou abordar aqui. Aonde estão as boas regras de comportamento e convivência entre os cidadãos e seus representantes junto ao Governo?

Vivemos em uma democracia,”Graças a Deus”, e temos o direito, através do voto, de escolher os nossos políticos. Quanto a escolhas bem ou mal feitas, não é meu papel julgá-las. Agora, ligar a televisão e assistir àquele espetáculo ridículo onde, em meio a mentiras e roubalheiras, os nossos então dignos escolhidos se ofendem, xingam e debocham uns dos outros e, por conseguinte de todos nós, telespectadores… isso não! Tudo tem limite.

As regras da Etiqueta, códigos de comportamento estabelecidos para um melhor e mais proveitoso relacionamento entre as pessoas que fazem parte de uma mesma sociedade, neste caso a Nação, foram completamente esquecidas, uma vez que o respeito pelo espaço e direito do próximo é algo básico.

A elegância está nos mínimos gestos, como no bom exercício da cidadania. Entender que temos direitos e deveres – e cumprí-los de forma decente e íntegra. Nada pode ser mais chique do que agir com retidão de caráter. Pequenas coisas – como respeitar os idosos, entender que filas existem para organizar, e lembrar que mulheres grávidas são um presente para o mundo, e devem ser tratadas como tal – representam as bases da existência e convívio. Os portadores de deficiências físicas já se esforçam muito para integrar nossa sociedade. Nada nos custa admirá-los. E logo inserí-los, com a dignidade que merecem, dentro do nosso cotidiano.

Quantas coisas óbvias estou mencionando agora, não? Óbvias para quem, “cara-pálida”? Valores como os que citei são esquecidos diariamente pela grande maioria das pessoas, em nome da correria, da falta de tempo e do tão mencionado estresse. Não se pode esquecer que pessoas de qualidade e categoria humana são os únicos cidadãos que realmente importam. Aqueles tais representantes escolhidos, que estão junto aos poderes do Governo, demonstram não ter noção do que tratamos aqui. E acreditam, em sua estranha realidade, que tudo o que está acontecendo é fruto de algo isolado ou incompreensível.

Tudo isso é resultado do egoísmo, da falta de valores morais e de pessoas que, como na época de meus avós, não assinavam papéis, uma vez que o que valia era um “fio de bigode”. E acordos eram baseados na expressão “pedra e cal”. Nada de saudosismo, não! Mas sentir falta da decência e da confiabilidade no próximo é bastante compreensível.

Sem utopias: que voltem aqueles dias nos quais acredItávamos em nossos semelhantes – apenas por isso! É muito chique ser correto.